casinhas com lua

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ilustres digitais

sábado, 11 de fevereiro de 2012

HAI-KAI

Se morremos... ficamos imortais.
Esta frase (quase um dístico para uma lápide triunfal) tem um jogo de palavras muito interessante. Remete a 2 vertentes férteis: de um lado segue o caminho racional, da lógica – se já morremos, não podemos morrer mais. Parece quase como uma boa rasteira numa realidade que não podemos alterar (por enquanto?), é fatídica, inexorável.
A outra segue, outro tipo de leitura e abre um universo além da visão imediata da nossa vida do dia-a-dia: relata um caminho de volta à imortalidade (de onde viemos e para onde voltamos, com nossa colheita – crédito e débitos resultantes de nossas ações e vivências; e sempre algum aprendizado e evolução).
Traz o enfoque da vida enquanto escola, em que nossa alma se burila, aperfeiçoa; ou deixando de aproveitar oportunidades, estaciona. Remete a lembrança de um conhecimento milenar, já exposto em vários relatos registrados desde as mais antigas civilizações, de que somos espíritos encarnados em corpos - e com uma passagem provisória sobre o planeta. E não o entendimento de que somos apenas corpos e possuímos um espírito, alma.
Achei engraçado e interessante. Parece um hai-kai.